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Fear the Walking Dead: Entrevista com Dave Erickson – Parte I
Executive Producer Greg Nicotero and  Director Dave Erickson - Fear the Walking Dead _ Season 1, Episode 1 _  BTS - Photo Credit: Justin Lubin/AMC
Executive Producer Greg Nicotero and Director Dave Erickson – Fear the Walking Dead _ Season 1, Episode 1 _ BTS – Photo Credit: Justin Lubin/AMC

Falta muito pouco para a estreia de Fear the Walking Dead no AMC e Dave Erickson, um dos criadores e diretores da série, adiantou novas informações sobre os personagens e a história. Nessa primeira parte da entrevista, Erickson (conhecido também por Sons of Anarchy) confirma que a série não será um mero spin off, esclarece algumas diferenças entre as séries e conta alguns detalhes da história. 

“Na primeira temporada vamos estar, de alguma maneira, no período de tempo em que Rick ( de “The Walking Dead”) está em coma no hospital. Seremos capazes de viver e experimentar coisas que ele perdeu durante o coma. Nossa ideia é mostrar o que acontecia no mundo durante o começo dessa estranha epidemia. Por isso, Fear the Walking Dead não é um spin off no estilo de Better Call Saul, onde a história vai para seus ou sete anos antes. Essa história estará conectada ao piloto da série original e irá partir daí”, comentou Erickson numa entrevista para o The Hollywood Reporter. 

Ao ser consultado se Fear the Walking Dead poderá se diferenciar da série original, Erickson foi categórigo: “Esse é um dos grandes desafios para o show e é o objetivo que perseguimos. O ideal que nós buscamos é que cada temporada tenha uma base onde apoiar-se para que tenha um tema e uma estrutura diferente. Cada temporada deverá ter um tema, um desenrolar e um objetivo”.

Erickson esclareceu, além disso, que apesar dos rumores na série e as tentativas, não será revelada a razão da epidemia, uma ideia que o próprio Robert Kirkman descartou por completo desde o início do projeto. “Para ele, a ideia central da história nunca foi contar as razões, mas sim mostrar o impacto que tem o apocalipse nas pessoas”. Pelo fato de ter um começo um pouco mais lento até o apocalipse em Fear the Walking Dead teremos, pelo menos no início, a oportunidade de concentrar-nos nos problemas que atravessa essa família. O fio central da história são os conflitos latentes dentro dessa família e como eles serão potencializados pela chegada da epidemia“, acrescentou o produtor e diretor.

FTWD-logo smallA história e a família

“A história da série gira em torno da família integrada por Madison (Dickens), seus dois filhos (Alicia e Nick) e Travis (Curtis), o marido de Madison que passa a morar com eles depois do casamento. No começo se trata simplesmente da história de pessoas cujo único objetivo é unir a família. O irônico da série é que a única coisa que ajuda a concretizar esse objetivo é o eminente fim do mundo”, explicou Erickson.

“O que mais me atrai desse projeto é tomar essa família disfuncional, que poderia integrar qualquer drama comum e corrente, e colocá-la nesse mapa muito maior e volátil para ver como se desenvolvem”, acrescentou o criador do programa que adiantou também que a primeira temporada se enfocará em como esses personagens começam a compreender o que está acontecendo. “Como pode ser que seus amigos ou colegas de trabalho, de uma hora para outra, querem te matar? Estão doentes ou sob influência de alguma droa? Isso leva um tempo para que cada um possa processá-lo dentro da sua cabeça e entender o que está acontecendo realmente”, disse Erickson.

“Quando a crise estiver instalada, todos os personagens terão que tomar decisões e poderão escolher se querem sucumbir a sua parte mais obscura, nessas atitudes que tentaram deixar pra trás, para sobreviver”, concluiu

Executive Producer/ Director Dave Erickson and Kim Dickens as Madison - Fear the Walking Dead _ Season 1, Episode 1 _ BTS - Photo Credit: Justin Lubin/AMC
Executive Producer/ Director Dave Erickson and Kim Dickens as Madison – Fear the Walking Dead _ Season 1, Episode 1 _ BTS – Photo Credit: Justin Lubin/AMC

A escolha de Los Angeles

“Uma das principais razões pelas quais escolhemos Los Angeles é que se trata de uma cidade com uma forte identidade e sentido de reinvenção para os seus habitantes. É uma cidade na qual as pessoas se mudam para se reinventarem ou para enterrar alguma coisa do passado. E como poderemos ir descobrindo, a medida que avance a história, a maioria dos personagens têm algo no passado que tentarem esquecer“, explicou Erickson.

Ao ser consultado sobre como a cidade será aproveitado e coma terminará ao final da temporada, Erickson explicou que “o objetivo é mostrar uma cidade com muitas texturas, camadas e sobretudo vibrante. Queremos que o espectador esteja por dentro de que aqui vivem milhões de pessoas que estão por enfrentar algo horrível e que muitos vão morrer. A cidade não ficará em boas condições no final da primeira temporada”.

 Veja a parte II da entrevista!